31 dez 06

No livro “Complicações” o cirurgião de Harvard Atul Gawande decreve um caso exemplar para a discussão deste tema: quem deve dar a última palavra: o médico, que se preparou durante anos para tomar decisões, ou o paciente, que é o maior interessado nos resultados e conseqüências destas decisões. (mais…)

No livro “Complicações” o cirurgião de Harvard Atul Gawande decreve um caso exemplar para a discussão deste tema: quem deve dar a última palavra: o médico, que se preparou durante anos para tomar decisões, ou o paciente, que é o maior interessado nos resultados e conseqüências destas decisões.
30 dez 06

A doença hemorroidária, ou seja, a dilatação dos vasos presentes na região do ânus, traz transtornos evidentes a milhões de pessoas ao redor do Mundo. Estes transtornos variam de sangramento e dor ao prolapso hemorroidário (exteriorização destes vasos no momento da evacuação). Todas as informações referentes a doença podem ser lidas em meu site (link Doenças), mas a minha intenção aqui é apagar a impressão geral de que a hemorróida é uma doença obrigatoriamente cirúrgica.A cirurgia para hemorróida é uma das mais temidas pelos portadores desta doença, já que sabidamente o período pós-operatório é extremamente doloroso e difícil. O que é importante enfatizar é que somente os casos mais avançados têm indicação de cirurgia. Para se ter uma idéia prática, de cada 10 pacientes com hemorróida, apenas 2 precisarão ser submetidos ao tratamento cirúrgico, enquanto os outros 8 realizarão outros tipos de tratamentos não cirúrgicos: os tratamentos ambulatoriais. (mais…)

A doença hemorroidária, ou seja, a dilatação dos vasos presentes na região do ânus, traz transtornos evidentes a milhões de pessoas ao redor do Mundo. Estes transtornos variam de sangramento e dor ao prolapso hemorroidário (exteriorização destes vasos no momento da evacuação). Todas as informações referentes a doença podem ser lidas em meu site (link […]
30 dez 06

Eu acredito que para se atingir a excelência em qualquer carreira que se tenha escolhido é preciso seguir algumas regras, principalmente no caso do médico, em que a sua falta de preparo é, em geral, o prejuízo de quem precisou da sua ajuda. Depois de observar profissionais com capacidade profissional inquestionável, incluindo meu Pai (engenheiro) e alguns médicos com que tive a oportunidade de conviver, criei a Regra dos 3 “Cs”: para ser um profissional especial você precisa ser Competente, ter Caráter e se dedicar a sua profissão com o Coração. (mais…)

Eu acredito que para se atingir a excelência em qualquer carreira que se tenha escolhido é preciso seguir algumas regras, principalmente no caso do médico, em que a sua falta de preparo é, em geral, o prejuízo de quem precisou da sua ajuda. Depois de observar profissionais com capacidade profissional inquestionável, incluindo meu Pai (engenheiro) […]
26 dez 06
Por que ser médico?

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Um dos maiores tormentos que os jovens passam em suas vidas é com certeza a escolha profissional. Levam-se em consideração os prós e os contras de cada uma das opções, o seu desempenho escolar e as opiniões dos familiares. Alguns, a escolhem por exclusão, simplesmente optando por aquela profissão que lhe trará menos transtornos ou esforço no futuro. Estes últimos estão fadados a frustração e ao insucesso. (mais…)

Um dos maiores tormentos que os jovens passam em suas vidas é com certeza a escolha profissional. Levam-se em consideração os prós e os contras de cada uma das opções, o seu desempenho escolar e as opiniões dos familiares. Alguns, a escolhem por exclusão, simplesmente optando por aquela profissão que lhe trará menos transtornos ou […]
01 fev 06
Apendicite Aguda

O que é?

Apendicite aguda é o nome dado à inflamação e a infecção do apêndice cecal. O apêndice cecal é uma extensão do intestino (ceco), com 6 a 10cm de extensão, que se situa no lado direito e inferior do abdome.
A inflamação do apêndice ocorre devido à obstrução do seu interior por fecalitos (fezes). Devido a esta obstrução, ocorre uma grande proliferação de bactérias, e assim instala-se um processo infeccioso, que pode ser leve ou intenso, dependendo do tempo em que o tratamento será realizado.

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Sintomas

O diagnóstico da apendicite aguda é feito, primeiramente, baseando-se nos sintomas referidos pelo paciente e no exame físico realizado pelo médico. A historia típica da apendicite é a de dor generalizada do abdome, associada à perda de apetite e náusea. Com o passar do tempo, a dor se instala na região epigástrica (estômago), seguindo para a região do umbigo, até finalmente se localizar na parte inferior e direita do abdome. Nesta fase, vômitos podem ocorrer. Em geral ocorre febre baixa (até 38 °C), elevando-se nos casos de perfuração do apêndice (“supurado”).
Ao exame físico, o paciente refere dor à palpação da parte inferior direita do abdome, com freqüente endurecimento da parede abdominal neste local. Os movimentos intestinais ficam mais lentos, o que é percebido pela distensão abdominal, pela diminuição da eliminação de gases e fezes, e pela diminuição dos ruídos intestinais. Nos casos de perfuração do apêndice, com contaminação de toda a cavidade abdominal com pus, todo o abdome ficará dolorido.

Exames

A maioria dos pacientes com apendicite aguda mostra alteração no hemograma, caracterizada por aumento do número das células de defesa (leucócitos), que variam de 10000 a 20000 células (o normal é de até 10000 células). O exame de urina também pode mostrar alteração, devido ao contato do apêndice inflamado com o ureter e a bexiga.
Quanto aos exames de imagem, os mais utilizados atualmente são a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada de abdome. Estes exames mostram o espessamento do apêndice e a presença de pus ao seu redor (abscesso). Além disso, estes exames também são úteis para o diagnóstico de outras doenças que causam dor abdominal, e que podem ser confundidas com apendicite, principalmente nas mulheres (cisto de ovário, gravidez tubária). Os estudos atuais mostram que a tomografia computadorizada mostra maior eficácia do que a ultra-sonografia para os diagnósticos de apendicite aguda.

Tratamento

O tratamento da apendicite é a retirada do apêndice, cirurgia chamada de apendicectomia. No entanto, devido ao quadro infeccioso associado, todos os pacientes devem receber antibióticos, tanto no período pré-operatório, quanto no pós-operatório.
Atualmente, o método indicado para a realização da apendicectomia é a cirurgia vídeo-laparoscópica, realizada através de 3 pequenas incisões, e com o auxílio de um monitor. Este tipo de cirurgia permite uma recuperação mais rápida, devido ao pequeno tamanho das incisões, além de um melhor efeito estético. Além disso, a cirurgia vídeo-laparoscópica permite a inspeção de toda a cavidade abdominal, excluindo-se assim, outras causas de dor abdominal. Nos casos em que há um grande abscesso, há a necessidade de colocação de dreno para o completo esvaziamento do pus da cavidade abdominal.
O tempo de internação varia de 24 a 72 horas em média, dependendo sempre do aspecto do apêndice e da presença de pus no momento da cirurgia.

 

O que é? Apendicite aguda é o nome dado à inflamação e a infecção do apêndice cecal. O apêndice cecal é uma extensão do intestino (ceco), com 6 a 10cm de extensão, que se situa no lado direito e inferior do abdome. A inflamação do apêndice ocorre devido à obstrução do seu interior por fecalitos […]
01 fev 06

O que é?

O cisto pilonidal é uma inflamação que ocorre na região interglútea, na pele em cima do cóccix e sacro. Esta é uma doença que afeta mais comumente os adolescentes e adultos jovens, com o pico de incidência na terceira década de vida. O sexo masculino está acometido em 80% dos casos.

Como ocorre?

O termo pilonidal vem do latin pilus, que significa pêlo, e nidus (cisto), que significa ninho. Desta forma, é assim que o cisto pilonidal se desenvolve. O pêlo da região superficial ao cóccix e o sacro cresce para dentro da pele, funcionando como um corpo estranho, que causa um processo inflamatório e infecção subseqüente. Este corpo estranho se aproveitaria da vulnerabilidade da pele destes pacientes, e se aprofundaria nesta região, formando então, o cisto pilonidal.
O cisto pilonidal foi descrito pela primeira vez por um médico chamado Mayo, em 1883. Naquele período, se acreditava que o cisto fosse decorrente de um problema congênito da região. Atualmente a teoria mais aceita é de que o cisto pilonidal é realmente uma doença adquirida. A tendência que o cisto tem em recidivar é consistente com uma doença adquirida, já que caso contrário, a retirada do tecido mal formado resultaria na cura completa da doença.

Sintomas

Alguns pacientes são assintomáticos, mas apresentam uma pequena abertura na pele (orifício) da região sacro-coccígea, uns 5 cm acima do ânus. Os pacientes sintomáticos apresentam dor na região, edema (inchaço), vermelhidão, e saída de líquido purulento pelo orifício na pele. Em alguns casos, devido a intensidade do processo inflamatório e da infecção (abscesso), novos orifícios surgem na região, facilitando a saída espontânea do pus. Estes orifícios se comunicam por debaixo da pele, formando trajetos fistulosos, como se fossem “túneis”. Em alguns casos, devido a dor na região final da coluna (cóccix e sacro), algumas vezes o primeiro especialista a ser procurado é o ortopedista, que prontamente encaminhará o paciente ao proctologista.
Mais comumente, os pacientes apresentam saída crônica de líquido purulento pelos orifícios do cisto pilonidal, com períodos de melhora dos sintomas. Ao exame, os orifícios são observados, e algumas vezes é possível notar a projeção do pêlo através destes orifícios. Com a pressão manual sobre os trajetos fistulosos, é possível visualizar a saída de um líquido seroso e purulento.

Tratamento

O tratamento nos casos que se apresentam inicialmente como um abscesso da região deve ser a drenagem cirúrgica do abscesso, com a conseqüente retirada da secreção purulenta. Esta drenagem pode ser realizada com anestesia local, raquimedular ou geral, dependendo da intensidade do caso. Em alguns pacientes, este é o tratamento definitivo, principalmente naqueles acima dos 30 anos de idade. Deve-se salientar de que este tipo de evolução ocorre em menos de 40% dos casos submetidos a drenagem do abscesso. Os antibióticos têm pouco efeito nestes casos, e só devem ser utilizados em infecções graves ou em pacientes com comprometimento da imunidade.
No entanto, nos pacientes que apresentam a persistência do cisto, mesmo após a drenagem do mesmo, o tratamento cirúrgico está indicado. O procedimento cirúrgico ideal para estes casos é o que requer menor hospitalização, maior simplicidade técnica, e que tenha um baixo índice de recorrência da doença.
Nestes casos, indico em meus pacientes a abertura do cisto, a curetagem (raspagem) da parede interna do cisto, a retirada dos pêlos e a cauterização da região. Ou seja, o cisto é convertido em uma ferida aberta, que cicatrizará com o passar dos dias. Os trajetos fistulosos são identificados através de uma pinça que entra em um dos orifícios na pele e sai em outro. Em seguida, o trajeto é aberto. Um aspecto importante durante a preparação para cirurgia é a retirada completa dos pêlos da região. O mesmo procedimento também deverá ser mantido no período pós-operatório, mantendo-se uma área de 3 a 4cm sem pêlos a partir da ferida. A maior vantagem deste método é a sua facilidade técnica, e a maior desvantagem, o tempo de cicatrização (4 a 6 semanas).
Em geral, o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia, com orientação a respeito do curativo e sobre os analgésicos utilizados para o controle da dor. O curativo é realizado diariamente, com a lavagem da ferida com soro fisiológico, e colocação delicada de gazes. Desta forma haverá a cicatrização uniforme da ferida, até que em determinada fase desta cicatrização, a ferida estará quase fechada e não haverá a necessidade de colocação da gaze. É importante que o cirurgião ensine à pessoa que realizará o curativo o modo correto de realização do mesmo, evitando-se assim, dor desnecessária no momento da troca e melhores resultados.
Nos casos recidivados e já submetidos a este tipo de cirurgia, outras técnicas mais complexas podem ser utilizadas, como o fechamento da ferida no momento da cirurgia. No entanto, isto implica em um maior tempo de internação hospitalar e maior dificuldade cirúrgica, devendo-se assim, reservar este tipo de tratamento para casos selecionados.

 

O que é? O cisto pilonidal é uma inflamação que ocorre na região interglútea, na pele em cima do cóccix e sacro. Esta é uma doença que afeta mais comumente os adolescentes e adultos jovens, com o pico de incidência na terceira década de vida. O sexo masculino está acometido em 80% dos casos. Como […]