Câncer de Intestino: previna-se!!!

Câncer de Intestino: previna-se!!!

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Se há algo que causa pavor de forma semelhante em médicos e pacientes é o erro médico. No entanto, o erro médico é analisado de forma distinta por estes dois grupos. Os médicos temem inverter o seu papel e, em vez de colaborar para a cura, acabam se tornando os autores e responsáveis por um problema que os pacientes não apresentavam até então. Os pacientes por sua vez, convivem com o risco de adquirirem uma lesão causada por um médico durante o seu tratamento, ou seja, uma iatrogenia (”feito pelo médico”).

Todos associamos o erro médico aos profissionais despreparados e com formação médica questionável. Mas isto nem sempre é verdade, já que todos os médicos convivem com o fantasma do erro, independente da sua capacidade.

O médico com pouco preparo para exercer a Medicina estará sempre exposto a cometer algum erro simplesmente porque desconhece as informações mínimas para estabelecer uma conduta correta. Sendo assim, a sua desinformação gera diagnósticos e tratamentos equivocados, e com conseqüências às vezes irreversíveis. Este tipo de erro seria minimizado se houvesse maior controle na qualidade da formação universitária e nos programas de residência médica, coisa que não ocorre. Pelo contrário, com o crescente número de Cursos de Medicina, cada vez mais haverá dificuldade em se estabelecer um padrão de formação médica.

Por outro lado, existem os erros médicos causados por médicos de sabida e reconhecida competência. Este é o que mais assusta a todos, já que os pacientes acreditam estar em mãos seguras, e o médico se sustenta no seu histórico de boas realizações. Só que neste cenário, os erros também existem. Então, o que faria um médico que teve a sua formação médica exemplar, uma carreira invejada por muitos, resultados brilhantes por anos, cometer um erro?

O primeiro ponto é a banalização dos casos, ou seja, achar que já viu de tudo em sua carreira, e que todos os pacientes e doenças são iguais aos já atendidos. Só que esta perda de individualização dos casos gera desatenção aos detalhes, e são estes que fazem a diferença na maior parte das vezes. O segundo ponto seria o excesso de vaidade, que faz com que o médico não acredite que o erro possa estar próximo a ele. Eu sempre digo que a falta de humildade em Medicina é sempre castigada, e por isso trato os meus pacientes de forma atenciosa e respeitosa, reconhecendo o meu papel de auxiliar da cura, e não de Deus. Um outro fator que gera erros é o excesso de trabalho e de pacientes, rotina esta que geralmente afeta os grandes médicos. Como estes médicos são referências em suas áreas de atuação, a procura por eles e a cobrança imposta são tão grandes, que o estresse contínuo gera a perda de foco, e em geral, a dedicação insuficiente a todos os pacientes.

Sendo assim, para afastar o erro médico, sempre individualizo os casos que atendo, acredito na educação continuada, cerco-me de pessoas capazes e busco estar sempre preparado para desempenhar as minhas funções médicas.

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