Síndrome Metabólica: o que é e o que representa para a sua saúde?

Síndrome Metabólica: o que é e o que representa para a sua saúde?

Dr Fernando Valerio - Blog - Sindrome metabolica
O termo síndrome metabólica é utilizado para descrever uma série de alterações metabólicas que podem trazer enorme prejuízo à saúde. Estas alterações são representadas pela resistência à insulina ou aumento da glicemia (aumento do açúcar no sangue), obesidade abdominal, alterações de colesterol (LDL alto e HDL baixo) e triglicérides, e hipertensão arterial. Estes fatores são importantes porque cada componente aumenta o risco de doença cardiovascular e do desenvolvimento de diabetes, sendo que pode haver sinergismo entre eles, aumentando assim o risco. Desta forma, o objetivo deste artigo é mostrar a importância de se perceber que estas alterações podem nos prejudicar enormemente, e que a sua presença em conjunto não é apenas uma coincidência, e sim um enorme risco.

A síndrome metabólica não é uma doença, e sim uma série de fatores de risco que potencializam o aumento do risco de que a diabetes e as doenças cardiovasculares se desenvolvam. A grande importância clínica da síndrome metabólica é chamar a atenção de médicos e pacientes de que um grande distúrbio do metabolismo está ocorrendo, e que ele trará consequências que aumentam a morbidade e mortalidade, já que a diabetes e as doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular) podem levar ao óbito. Os critérios para que a síndrome metabólica seja diagnostica são:

  • Aumento da circunferência abdominal
  • Aumento dos triglicérides: >150 mg/dl ou em tratamento
  • Baixo HDL (colesterol “bom”): <40 mg/dl (homens) ou <50 mg/dl (mulheres)
  • Pressão arterial: sistólica >130 mmHg e/ou diastólica >85 mmHg, ou em tratamento
  • Glicemia em jejum: >100 mg/dl ou em tratamento

A obesidade, caracterizada por índice de massa corpórea (IMC) maior que 30, é associada com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes. A gordura visceral (abdominal) confere maior risco cardiometabólico do que a obesidade isolada. Desta forma, realiza-se a medida da circunferência abdominal, mensurando-se assim a gordura abdominal. Acredita-se que a gordura abdominal tem um efeito direto sobre a sensibilidade à insulina (através da ação substâncias pró-inflamatórias), o metabolismo das gorduras e sobre a hipertensão arterial.

Desta forma, se você apresenta alguns destes fatores, não deve mais achar que a sua presença em conjunto se deve apenas ao acaso, e sim que há uma alteração que pode lhe trazer muitos riscos. Por isso, é importante que se procure ajuda médica e se receba orientação sobre a sua conduta alimentar, atividade física e tratamento medicamentoso.

Dados do autor:
Dr. Fernando Valério
Gastroenterologista, Nutrólogo e Proctologista
São Paulo, SP
Consultas: particulares e Omint

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Dr. Fernando Valério