14 mai 09
Esôfago de Barrett: medicação ou cirurgia?

O esôfago de Barrett é o nome dado a uma alteração do tecido mucoso da parte final do esôfago (próximo ao estômago), também chamada de metaplasia intestinal. O esôfago de Barrett decorre da persistência do refluxo gastroesofágico, que leva a uma adaptação da mucosa do esôfago em resposta à agressão do suco gástrico refluído (em geral ácido), tornando esta mucosa mais resistente ao líquido ácido agressor. Tem grande importância devido a sua relação com o desenvolvimento do câncer de esôfago (adenocarcinoma de esôfago). (mais…)

O esôfago de Barrett é o nome dado a uma alteração do tecido mucoso da parte final do esôfago (próximo ao estômago), também chamada de metaplasia intestinal. O esôfago de Barrett decorre da persistência do refluxo gastroesofágico, que leva a uma adaptação da mucosa do esôfago em resposta à agressão do suco gástrico refluído (em geral ácido), […]
20 abr 09
A importância da dieta adequada para adolescentes

As necessidades nutricionais durante a adolescência aumentam em decorrência do aumento do crescimento e da composição física associados à puberdade. No entanto, o aumento da necessidade energética coincide com fatores que afetam as escolhas alimentares e nutricionais dos adolescentes, como um tempo maior gasto na Escola e em atividades extra-curriculares, preocupação com a própria imagem, vaidade e maior liberdade de escolha. A dieta adequada nesta idade tem grande importância como prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas, já que abusos alimentares em geral começam neste grupo etário, quando já não há tanto controle dos Pais e quando as refeições são feitas fora de casa com maior frequência. É responsabilidade dos Pais e educadores orientarem os jovens sobre os riscos que uma dieta inadequada podem lhe trazer no futuro, como o aumento da incidência de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes, obesidade e alguns tipos de câncer.

 

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As necessidades nutricionais durante a adolescência aumentam em decorrência do aumento do crescimento e da composição física associados à puberdade. No entanto, o aumento da necessidade energética coincide com fatores que afetam as escolhas alimentares e nutricionais dos adolescentes, como um tempo maior gasto na Escola e em atividades extra-curriculares, preocupação com a própria imagem, […]
20 abr 09
Gases intestinais e distensão abdominal: causas e sintomas


Muitas pessoas se queixam de flatulência, eructações (arrotos) frequentes e distensão abdominal (estufamento), sintomas associados ao aumento de gases intestinais e que geralmente trazem desconforto e constrangimento. A eliminação de gases (flatos) ocorre em média de 10 a 20 vezes ao dia em pessoas normais. Os pacientes que se queixam de muita flatulência quase sempre seguem esta média, apesar de terem a idéia de que produzem uma quantidade de gases muito maior, o que nem sempre é visto. Isto decorre do aumento da sensibilidade intestinal. A produção de gases é variável entre as pessoas, mas está associada a hábitos alimentares (dieta) e fatores individuais. Além disso, os gases estão presentes em algumas doenças intestinais, como a constipação intestinal, a Síndrome do Intestino Irritável, e em quadros obstrutivos do intestino.  Existem duas fontes principais de gases intestinais: a ingestão de ar e a produção de gases por bactérias do intestino. (mais…)

Muitas pessoas se queixam de flatulência, eructações (arrotos) frequentes e distensão abdominal (estufamento), sintomas associados ao aumento de gases intestinais e que geralmente trazem desconforto e constrangimento. A eliminação de gases (flatos) ocorre em média de 10 a 20 vezes ao dia em pessoas normais. Os pacientes que se queixam de muita flatulência quase sempre seguem esta média, […]
11 abr 09
Esteatose Hepática: o que isto significa?

Com o aumento dos exames de rotina ou para check-up algumas doenças passaram a ser diagnosticas com mais frequência. A ultrassonografia de abdome passou a diagnosticar uma alteração chamada esteatose hepática em um grande número de pessoas, já que esta é a doença hepática mais comum, e muito conhecida como o acúmulo de gordura no fígado. A esteatose hepática é uma das apresentações de um distúrbio do fígado chamado Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica, que inclui ainda a esteatohepatite não-alcoólica, que é a forma mais severa destas alterações, podendo progredir para a cirrose hepática, insuficiência hepática e câncer do fígado. Estas alterações gordurosas do fígado atingem de 20 a 30% da população adulta, o que vem crescendo em decorrência do aumento a fatores de risco, como o sedentarismo, obesidade e má dieta. (mais…)

Com o aumento dos exames de rotina ou para check-up algumas doenças passaram a ser diagnosticas com mais frequência. A ultrassonografia de abdome passou a diagnosticar uma alteração chamada esteatose hepática em um grande número de pessoas, já que esta é a doença hepática mais comum, e muito conhecida como o acúmulo de gordura no fígado. […]
01 fev 06
Cálculo de Vesícula Biliar ( Colelitíase )

O que é?

Colelitíase é a formação de cálculos (pedras) no interior da vesícula biliar (90% dos casos) ou dos ductos biliares (dentro e fora do fígado). Nos últimos anos tem havido aumento da incidência e do diagnóstico desta doença.
Com o uso cada vez maior da ultra-sonografia abdominal em exames de rotina ou (check-up), muitos casos de cálculos em vesícula biliar têm sido diagnosticados, mesmo antes do paciente apresentar qualquer sintoma.
Os tipos de cálculos mais comuns são os de colesterol (90%), e em segundo lugar os de bilirrubina (10%), que ocorrem em pessoas portadoras de alguns tipos de anemia ou com deficiência do metabolismo da bilirrubina (pigmento metabolizado pelo fígado).

calculo_biliar
Quando ocorre?

Os estudos têm demonstrado claramente um aumento da incidência de cálculos biliares com o passar da idade. Embora rara na população pediátrica, as crianças com distúrbios hematológicos (alguns tipos de anemia), e com dificuldade de absorção de sais biliares estão predispostas à formação de cálculos biliares.
A calculose biliar é mais comum em entre as mulheres, e deve estar ligado a fatores hormonais, já que há um aumento do número de casos com a gravidez. Esta variação hormonal alteraria a motilidade da vesícula biliar, causando uma dificuldade de esvaziamento, assim como a alteração do metabolismo do colesterol.
A obesidade também é um fator de risco, já que nestes pacientes há um aumento da concentração de colesterol. A diabetes também causa um aumento na incidência dos cálculos na vesícula biliar, devido a uma supersaturação do colesterol.

Sintomas

A presença de cálculos na vesícula biliar pode se manifestar de várias maneiras, sendo que muitos pacientes são assintomáticos (mais de 50%) por vários anos. Nos casos sintomáticos, a obstrução do ducto da vesícula biliar por um cálculo pode causar dor no abdome, principalmente do lado direito próximo às costelas, conhecida como cólica biliar. A cólica é causada pela contração da vesícula biliar contra a resistência imposta pela obstrução do ducto, e classicamente surge de 30 a 60 minutos depois das refeições. Caso a obstrução persista, pode haver a evolução para uma inflamação aguda da vesícula biliar (colecistite aguda).
A calculose biliar também pode se apresentar como “má” digestão, desconforto abdominal vago, náuseas e vômitos, ou mesmo flatulência. Este quadro tende a piorar com a ingestão de alimentos gordurosos, mas todos os alimentos podem desencadear sintomas.

Diagnóstico

A ultra-sonografia do abdome é o método de escolha para a avaliação de pacientes com suspeita de cálculos biliares, e apresenta um índice de acerto de 95 a 99%. Tem como vantagens, além da eficácia, ser um método não invasivo (sem anestesia ou contraste), sem irradiação, razoavelmente barato e desprovido de efeitos colaterais.
Os exames laboratoriais podem mostrar a alteração de enzimas do fígado e dos ductos biliares. O hemograma estará alterado no caso de infecção.

Complicações

De todos os pacientes portadores de cálculos biliares, de 15 a 20% apresentarão complicações mais graves devido aos cálculos biliares. Estas complicações podem ser referentes à obstrução da vesícula por cálculos maiores, como a colecistite aguda, ou devido à migração dos cálculos biliares pequenos da vesícula para os ductos biliares, como a coledocolitíase, a colangite e a pancreatite aguda. Um risco associado à presença de cálculos de vesícula biliar é o desenvolvimento de câncer de vesícula.
A colecistite aguda é a complicação mais comum do cálculo de vesícula. Ela ocorre devido à implantação do cálculo biliar na saída da vesícula biliar, causando a obstrução persistente da vesícula, e conseqüente inflamação e infecção. As características da dor da colecistite aguda são parecidas com a da cólica biliar, no entanto, de maior intensidade, o que a difere da cólica biliar, e que pode persistir por alguns dias. Os sintomas se completam com náusea, vômito, anorexia (perda do apetite) e febre. A ultra-sonografia mostra, além dos cálculos no interior da vesícula, um espessamento da parede (devido à inflamação) e distensão (devido à obstrução) da vesícula biliar. O tratamento consiste na ressecção da vesícula biliar e a administração de antibióticos.
Coledocolitíase é o nome dado à impactação de cálculos biliares no ducto biliar fora da vesícula (este ducto é chamado de colédoco). Na sua grande maioria, estes cálculos são originários da vesícula biliar, que migram para o ducto colédoco. Os sintomas são dor abdominal em cólica, que pode ser contínua ou intermitente, associado à náusea e vômitos. Dependendo da intensidade da obstrução do ducto colédoco, os pacientes apresentarão icterícia (coloração amarelada na pele e olhos) e urina escura (cor de “chá mate”). A icterícia ocorre devido ao acúmulo de líquido biliar que não foi esvaziado do ducto colédoco devido à obstrução. O tratamento se inicia com a retirada do cálculo do ducto colédoco através de endoscopia digestiva ou durante o procedimento cirúrgico, seguido da ressecção da vesícula biliar, que é a formadora dos cálculos.
A colangite é a infecção do ducto biliar causada pela impactação do cálculo no ducto colédoco. Os sintomas são febre, icterícia e dor abdominal. Nos pacientes com infecção grave, pode haver alteração da pressão sangüínea e do pulso, assim como confusão mental. Os pacientes com colangite devem ser internados de forma urgente, devido ao risco de sepse (infecção generalizada). O tratamento inicial é realizado com a administração de antibióticos e hidratação. A seguir, como na coledocolitíase, o cálculo dever ser retirado do ducto biliar (colédoco). A ressecção da vesícula também deve ser realizada.
A pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas. Esta doença decorre da obstrução do ducto do pâncreas por um cálculo que migrou da vesícula. Os sintomas são dor abdominal forte, febre, náusea e vômito, além de distensão abdominal. Em alguns casos a pancreatite pode ser severa, causando necrose e hemorragia do pâncreas, com risco de morte evidente. O paciente será submetido à ressecção do cálculo, assim como nos casos anteriores. A retirada da vesícula biliar é realizada após a melhora dos sintomas da pancreatite.
O câncer da vesícula biliar é reconhecido como uma complicação potencial dos pacientes com cálculos em vesícula. Em particular, esta complicação é mais freqüente em pacientes com cálculos únicos e grandes (principalmente os maiores que três centímetros). De 70 a 90% dos pacientes com câncer de vesícula apresentam cálculo biliar, e 0,4% de todos os pacientes com cálculo de vesícula apresentarão câncer na vesícula biliar.

Tratamento

Devido ao quadro clínico da calculose da vesícula biliar, e dos riscos de complicações sérias, tenho como rotina em meus pacientes, pela ressecção da vesícula biliar em pacientes sintomáticos e/ou com cálculos múltiplos e pequenos (risco de migração do cálculo). Nos pacientes assintomáticos e com cálculo único, a conduta não cirúrgica e o acompanhamento clínico devem ser a regra.
O tratamento da calculose biliar consiste na ressecção da vesícula biliar. Atualmente o método utilizado é a cirurgia vídeo-laparoscópica. Neste método, são realizadas quatro pequenas incisões (cortes) no abdome do paciente, por onde são introduzidas as pinças e a câmera de vídeo. O cirurgião realiza o procedimento através de um monitor posicionado ao lado do paciente. As vantagens da cirurgia vídeo-laparoscópica são inúmeras. A recuperação é rápida, já que a dor é mínima, por não haver uma grande incisão (corte). Isto permite que os pacientes retornem às suas atividades profissionais no menor tempo possível. O efeito estético também é bom, porque as incisões apresentam dimensões pequenas (variam de 0,5cm a 1cm).
Em geral, os pacientes recebem alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia.

 

O que é? Colelitíase é a formação de cálculos (pedras) no interior da vesícula biliar (90% dos casos) ou dos ductos biliares (dentro e fora do fígado). Nos últimos anos tem havido aumento da incidência e do diagnóstico desta doença. Com o uso cada vez maior da ultra-sonografia abdominal em exames de rotina ou (check-up), […]