01 jan 19
Doença celíaca e Obesidade: isto é possível?

DOENÇA CELÍACA e OBESIDADE: isto é possível?
Há alguns dias eu atendi uma paciente com diagnóstico de DOENÇA CELÍACA e ela me disse algo bastante curioso: “me falaram que eu não poderia ser celíaca por estar ACIMA do PESO”.
Não é bem assim! Precisamos estar mais atentos ao que vem acontecendo com o comportamento da doença celíaca nas últimas décadas. Pacientes com sobrepeso e obesos não são diagnosticados corretamente porque os livros médicos tradicionais sempre trouxeram a informação de que a doença celíaca estava associada a síndrome de má absorção nutricional e perda de peso. Mas estes pacientes magros e com com déficits nutricionais não são mais uma regra. O quadro clínico clássico ainda é a forma predominante de apresentação inicial da doença, mas é cada vez menos frequente. Enquanto isso, a formas subclínicas e não-clássicas (doenças autoimunes) já representam 30 a 50% dos casos no momento do diagnóstico.
Sabe-se que atualmente de 20 a 40% dos pacientes se apresentam com sobrepeso ou obesidade. Ou seja, ÍNDICES DE MASSA CORPÓREA MAIS ALTOS PODEM COEXISTIR COM A DOENÇA CELÍACA!
Mas como alguém que tem o seu intestino inflamado e com possíveis distúrbios nutricionais pode estar acima do peso? Ainda não há uma resposta concreta sobre as razões da relação entre a doença celíaca com o sobrepeso e obesidade. Mas a principal explicação é de que o corpo pode ser extremamente eficiente para absorver nutrientes em condições adversas. No caso da doença celíaca, os segmentos mais acometidos são os proximais ao duodeno, e portanto há ainda alguns metros de intestino com capacidade de absorver açúcares e gorduras que são ingeridos. Desta forma, os segmentos de intestino não afetados passam a exercer uma compensação, tornando-se mais eficientes na absorção de nutrientes. Esta situação também ocorre em doenças inflamatórias intestinais (Crohn), cirurgias bariátricas e quando grandes segmentos intestinais são retirados.
O mecanismo compensatório consiste no aumento das vilosidades e células intestinais não afetadas pela doença celíaca. Mas se o mecanismo de absorção se torna exagerado, associado a uma dieta rica em gorduras e açúcares, a obesidade pode estar presente.
O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA CELÍACA NÃO PERMITE PRECONCEITOS! Idade, sexo e composição corporal não podem ser limitantes para que um paciente celíaco seja diagnosticado.

 

Dr. Fernando Valério
Gastroenterologia e Nutrologia
Especialista em Doença Celíaca, Síndrome do Intestino Irritável, intolerâncias e alergias alimentares.

DOENÇA CELÍACA e OBESIDADE: isto é possível? Há alguns dias eu atendi uma paciente com diagnóstico de DOENÇA CELÍACA e ela me disse algo bastante curioso: “me falaram que eu não poderia ser celíaca por estar ACIMA do PESO”. Não é bem assim! Precisamos estar mais atentos ao que vem acontecendo com o comportamento da […]
19 jun 18

A Gastroenterologia é a especialidade médica ligada ao estudo dos distúrbios digestivos. A Nutrologia é a especialidade médica relacionada ao estudo dos alimentos e a sua relação com a nossa saúde e doenças. Como o aparelho digestivo tem como principal função a ingestão, digestão e absorção dos alimentos, é óbvio que o estudo destas especialidades se complementam de maneira muito produtiva.  Na minha prática médica vivo isto de maneira muito interessante, já que o profundo entendimento das doenças digestivas me permitem entender as alterações ocorridas e as suas consequências, avaliar e solicitar os exames necessários prontamente, indicar tratamentos medicamentosos e, principalmente, orientar a alimentação e dieta a serem seguidas.

O gastro nutrólogo pode atuar em diversas doenças digestivas e trazer ótimos resultados aos seus pacientes, visto que consegue ter uma visão global de tudo que envolve a doença digestiva e os seus aspectos alimentares. Vou citar abaixo algumas doenças em que a abordagem de um gastroenterologista nutrólogo pode ser muito útil:

Doença diverticular (diverticulose) e diverticulite aguda:
Orientar a alimentação adequada para que pacientes com doença diverticular não sofram com novas crises de diverticulite aguda. E também orientar tratamentos medicamentosos (antibióticos) e dieta durante o quadro de diverticulite aguda, e posteriormente a   crise.

Doença Celíaca (intolerância ao glúten), intolerância à lactose, sensibilidade ao glúten não celíaca e alergias alimentares:
O médico pode através da história clínica suspeitar de algumas destas alterações do aparelho digestivo, solicitar os exames laboratoriais e de imagem (endoscopia digestiva alta), corrigir as consequências nutricionais destas alterações, e indicar uma dieta adequada como forma de tratamento.

Diarreia e constipação crônica:
Avaliar as possíveis causas de diarreia (infecciosas, doenças funcionais e inflamatórias), indicar tratamentos medicamentosos e dieta constipante. Por outro lado, também pode avaliar os motivos de alterações de defecação e constipação intestinal, além de orientar dieta rica em fibras e laxativas.

Aumento de gases intestinais e Síndrome do Intestino Irritável (SII):
Tratar os pacientes que sofrem da SII com medicamentos específicos, e orientar quais os alimentos que podem levar ao aumento da flatulência (gases) e diarreia.

Doenças inflamatórias intestinais:
As colites, como a Doença de Crohn e a Retocolite ulcerativa, são doenças complexas e que podem evoluir com quadros de deficiência de minerais, vitaminas e proteínas. Por isso o gastroenterologista nutrólogo deve se preocupar em fazer uma avaliação da composição corporal e dos níveis de vitaminas e minerais no sangue, com a possibilidade de correção destes distúrbios nutricionais consequentes à inflamação intestinal.

Gastrite, dispepsia, refluxo gastroesofágico e esofagite:
O esôfago e estômago são os primeiros órgãos do aparelho digestivo a receberem os alimentos após a deglutição, e portanto podem sofrer com a ingestão de alimentos que tragam algum desconforto ou lesão. Na prática médica, é possível que se faça a avaliação destas lesões através de endoscopia digestiva alta, que se trate com medicamentos específicos e que se oriente a parte alimentar.

–  Esteatose hepática:
A esteatose é o aumento do depósito de gordura no fígado, e está muito relacionado a obesidade e aumento de glicemia/diabetes. Nestes casos é importante avaliar a integridade do fígado e prevenir inflamações decorrentes do depósito de gordura no órgão, assim como orientar uma alimentação adequada para o controle da obesidade e de glicemia e diabetes.

Descrevi neste artigo as alterações digestivas mais importantes e que trato em minha prática clínica associando os conhecimentos de gastroenterologia e nutrologia,  e mostrando como as associação das duas especialidades é interessante e extremamente produtiva aos pacientes que sofrem com estes distúrbios.

 

Dados do autor:
Dr. Fernando Valério
Gastroenterologista, Nutrólogo e Proctologista
São Paulo, SP
Consultas: particulares e Omint

A Gastroenterologia é a especialidade médica ligada ao estudo dos distúrbios digestivos. A Nutrologia é a especialidade médica relacionada ao estudo dos alimentos e a sua relação com a nossa saúde e doenças. Como o aparelho digestivo tem como principal função a ingestão, digestão e absorção dos alimentos, é óbvio que o estudo destas especialidades se […]
18 abr 17

Nós vivemos um momento social em que a ingestão do glúten passa por diversos questionamentos e dúvidas. Na minha opinião, existe uma série de exageros, modas e mitos a este respeito, além de muitas informações divulgadas sem respaldo científico comprovado e feito por pessoas sem capacidade profissional para emitirem estes pareceres. O que traz preocupação é que algumas pessoas realmente apresentam distúrbios digestivos ligados ao glúten, e que podem ter o seu diagnóstico retardado em razão da banalização deste tema. Estas doenças podem levar de um discreto comprometimento da qualidade de vida pessoal e social até doenças e sintomas graves. São exemplos destes distúrbios intestinais ligados ao glúten a doença celíaca (intolerância ao glúten), a alergia e a sensibilidade ao glúten. O tema deste artigo é discutir as indicações dos exames e quais destes são realmente úteis para o diagnóstico da doença celíaca. Infelizmente há no mercado uma serie de exames caros e sem fundamentação médica, e sem utilidade para o diagnóstico da doença celíaca, e por isso esta acredito que esta descrição seja importante.

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada. Por isso, todos os alimentos que contenham esta proteína deverão ser evitados por pacientes com a doença celíaca. São alguns exemplos destes alimentos as bolachas, massas, sorvetes, pães, pizzas, cervejas, refrigerantes e chocolates. A doença celíaca é uma doença gastrointestinal crônica, que afeta 1% da população, e que leva a um processo inflamatório na mucosa do intestino devido a uma resposta imunológica em pessoas geneticamente susceptíveis ao glúten. Ou seja, o nosso organismo reconhece o glúten como um “agressor”, e tenta neutralizá-lo através de anticorpos que nós mesmos produzimos. O problema é que estes anticorpos também agem contra a nossa mucosa intestinal, prejudicando a integridade e funcionamento do nosso intestino. Esta resposta inflamatória exagerada pode causar uma variedade de sintomas intestinais e extra-intestinais, como a deficiência de nutrientes (vitaminas do complexo B e D, ferro, cálcio, intolerância à lactose), osteoporose, anemia, crescimento inadequado, doenças auto-imunes (hepatite, diabetes, tireoidite) e tumores (principalmente o linfoma). Esta gama de complicações que podem surgir durante a vida destes pacientes é o que justifica o esforço para que o diagnóstico seja realizado o quanto antes. Sabe-se que diagnósticos precoces são essenciais para o que se previnam estas complicações.

Como a doença celíaca pode se apresentar com sintomas discretos ou até mesmo atípicos, esta possibilidade diagnóstica às vezes não chama a atenção do médico, o que prejudica e muito as chances de um diagnóstico precoce. A falta de atenção para esta possibilidade desta doença é tão comum que o intervalo entre o começo dos sintomas e a confirmação da presença da doença celíaca é em média de 12 anos. Por isso, um grande grupo de situações impõe aos médicos a necessidade de triar estes pacientes para um possível diagnóstico da doença celíaca. São exemplos destas situações dor e distensão abdominais, flatulência e aumento de gases intestinais, diarreia crônica, anemia causada por deficiência de ferro, síndrome do intestino irritável, osteopenia e osteoporose, retardo na puberdade e crescimento, baixa estatura, vômitos recorrentes, irritabilidade, perda de apetite (anorexia), fadiga crônica, doença hepática auto-imune, doença de tireoide auto-imune, elevação de enzimas hepáticas e perda de peso inexplicada.

O diagnóstico de certeza para a doença celíaca é realização de endoscopia digestiva alta, com biópsia intestinal (duodeno). No momento do exame e da biópsia, para que o diagnóstico seja firmado com maior tranquilidade e certeza, é preciso que o paciente esteja com dieta normal em relação ao glúten, ou seja, ingerindo regularmente esta proteína. A biópsia mostra a atrofia das vilosidade intestinais e o processo inflamatório característico da doença.

No entanto, o exame endoscópico é invasivo, requer sedação, além de ter um maior custo quando se pensa em triagem de grandes grupos. Por isso, os exames sorológicos (sangue) são tão importantes. Os exames laboratoriais confirmam a presença de anticorpos que reagem à presença do glúten na nossa alimentação, e que em níveis sanguíneos elevados podem representar o diagnóstico de doença celíaca. Os mais utilizados são os anticorpos antiendomísio, antitransglutaminase tecidual (teste preferido) e antigliadina (deamidada). Mas é importante lembrar que estes exames laboratoriais são sempre usados como triagem, e que o diagnóstico definitivo será feito através de biópsia intestinal colhida em endoscopia digestiva alta.

Um outro ponto importante para se discurtir a respeito do diagnóstico de doença celíaca são os testes genéticos. Esta doença tem um enorme componente genético, e por isso parentes de primeiro grau são muito mais sujeitos a manifestar a doença. Por isso realizam-se também testes genéticos de suscetibilidade, como o exames HLA DQ2 e DQ8. Mas lembro que estes exames genéticos não mostram ou confirmam a presença da doença no momento, e sim um risco potencial. Para que se tenha uma boa ideia sobre este exame, mais de 30% da população de pele branca apresenta positividade para estes testes, mas somente 4% destas pessoas com exame positivo realmente desenvolverão a doença.

Conclui-se portanto que os exames laboratoriais são muito úteis quando há suspeita de doença celíaca, e que o diagnóstico precoce é muito importante quando se pensa em prevenir as complicações desta doença e que a biópsia intestinal é realmente o exame que confirma a doença. E uma informação muito importante! Não se começa uma dieta sem glúten até que um diagnóstico seja realmente estabelecido. Não há razão para se causar um transtorno pessoal, social e financeiro sem a confirmação de que o glúten realmente causa alguma alteração digestiva.

 

Dados do autor:
Dr. Fernando Valério
Gastroenterologista, Nutrólogo e Proctologista
São Paulo, SP
Consultas: particulares e Omint

Nós vivemos um momento social em que a ingestão do glúten passa por diversos questionamentos e dúvidas. Na minha opinião, existe uma série de exageros, modas e mitos a este respeito, além de muitas informações divulgadas sem respaldo científico comprovado e feito por pessoas sem capacidade profissional para emitirem estes pareceres. O que traz preocupação […]
11 dez 14
Lista de alimentos em uma dieta não fermentativa (Low FODMAP’s)

Dr Fernando Valerio - Blog -  Fodmap's
Alguns pacientes apresentam alterações gastrointestinais que causam dores abdominais, diarreia e aumento dos gases intestinais, como a Síndrome do Intestino Irritável. Estes distúrbios tornam estas pessoas mais sensíveis a alguns alimentos, mesmo que estes sejam saudáveis à grande maioria das pessoas. Através de algumas pesquisas pôde-se perceber que estes alimentos tinham em comum a capacidade de causar a fermentação (representada pelo “F” da sigla) com consequente aumento dos gases intestinais, além de gerar o acúmulo de líquido no intestino através de um processo de osmose, o que culminaria com a diarreia. Como estes pacientes apresentam quadro de hipersensibilidade inerente à alteração da função intestinal, a combinação de aumento de gases e excesso de líquidos no intestino traz como repercussão a dor abdominal. Estruturalmente estes alimentos apresentam em sua composição açúcares pequenos, como os oligossacarídeos (“O”), dissacarídeos (“D”), monossacarídeos (“M”) e polióis (“P”). Lembro que é muito importante saber que se um alimento e seus nutrientes são retirados da dieta, outro deve substituí-lo. Por exemplo, quando se suspende a lactose da dieta, invariavelmente há a menor ingestão de cálcio, que é fundamental para a saúde óssea. Neste caso, outras fontes de cálcio devem ser propostas ou o uso de suplementos indicados. Por isso, é imprescindível que esta dieta seja acompanhada por um profissional capaz de fazer esta orientação, como o médico Nutrólogo, evitando-se assim carências nutricionais. Sendo assim, segue abaixo a lista de alimentos que contém estes açúcares e que devem ser evitados ou consumidos em porções mais discretas no caso destes pacientes. (mais…)

Alguns pacientes apresentam alterações gastrointestinais que causam dores abdominais, diarreia e aumento dos gases intestinais, como a Síndrome do Intestino Irritável. Estes distúrbios tornam estas pessoas mais sensíveis a alguns alimentos, mesmo que estes sejam saudáveis à grande maioria das pessoas. Através de algumas pesquisas pôde-se perceber que estes alimentos tinham em comum a capacidade […]
09 abr 14
Síndrome do Intestino Irritável (SII) e uma dieta não-fermentativa (“low FODMAP”s): como ela funciona e quais os resultados?

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma alteração funcional, que atinge 20% da população, é duas vezes mais frequente no sexo feminino e que traz um enorme prejuízo à qualidade de vida dos que apresentam esta doença. Apesar da SII ser uma das alterações mais comuns vistas em consultórios de gastroenterologia, os tratamentos ainda apresentam resultados limítrofes ou parciais. Os sintomas principais desta Síndrome são dor abdominal, aumento de gases intestinais e distensão abdominal, flatulência, diarreia, constipação, alteração da forma das fezes, aumento dos ruídos intestinais, sensação de evacuação incompleta, urgência para defecar e presença de muco nas fezes. Uma das razões para que os pacientes com a SII apresentem tais sintomas é que a distensão do intestino estimula receptores intestinais (mecanorreceptores), e como há uma hipersensiblidade visceral (intestinal) e uma resposta motora intestinal equivocada nestes pacientes, os sintomas são desencadeados. Pensando desta forma, foi descrita uma dieta que tem como intenção reduzir a fermentação intestinal, e assim evitar a distensão intestinal e os seus efeitos. Para que a dieta do paciente portador de SII não promovesse tal fermentação decidiu-se pela suspensão na dieta de elementos que contivessem açúcares de cadeia curta e que são mal absorvidos pelo intestino. Surgiu assim a dieta “low FODMAP’s” (que significa fermentáveis, oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis). O objetivo desta publicação é discutir esta nova dieta, seus componentes e seus resultados. (mais…)

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma alteração funcional, que atinge 20% da população, é duas vezes mais frequente no sexo feminino e que traz um enorme prejuízo à qualidade de vida dos que apresentam esta doença. Apesar da SII ser uma das alterações mais comuns vistas em consultórios de gastroenterologia, os tratamentos ainda […]
08 abr 14
Sensibilidade ao glúten e intolerância ao glúten (Doença Celíaca): qual a diferença?

Atualmente há um número crescente de pessoas que não utilizam alimentos que contenham glúten em sua dieta. Este fato é tão relevante que há uma projeção de que 15 a 25% dos americanos busquem alimentos livres de glúten. Além disso, estamos falando de um negócio gigantesco,  com estimativa de lucro só no mercado americano em torno de 1,69 bilhão de dólares até 2015. Mas qual a razão para isto, será que há um modismo, uma superestimativa destes números ou há realmente uma causa clínica que justifique esta situação? Obviamente, pensando em causas médicas para este comportamento, a doença celíaca (intolerância ao glúten) seria sempre a mais importante. No entanto, algumas pessoas que não são intolerantes ao glúten, ou seja, que apresentam sensibilidade ao glúten sem o diagnóstico de doença celíaca, também podem se beneficiar da dieta livre de glúten. O objetivo desta publicação é diferenciar estas duas condições. (mais…)

Atualmente há um número crescente de pessoas que não utilizam alimentos que contenham glúten em sua dieta. Este fato é tão relevante que há uma projeção de que 15 a 25% dos americanos busquem alimentos livres de glúten. Além disso, estamos falando de um negócio gigantesco,  com estimativa de lucro só no mercado americano em […]